domingo, novembro 29, 2009

Baden Baden


Um TRAGO a tantas e muitas AMIZADES. As que se foram. - Amizade se vai? - Não! A todas as nossas amizades, em todos os tempos, em todos os momentos da existência. Tim Tim, queridos.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Gouveinha

Puxa vida. Nem bem nos refizemos das últimas lá vem a notícia da morte do Gouveinha. Amigo querido e colega de profissão, parceiro. Assim era o Gouvêia Junior: uma pessoa que por trás do jeito de zangadão, tinha um sorriso de garotão. Adeus amigo. Teu nome vai ficar para sempre gravado na história do jornalismo.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Saudades da minha infância

Saudades da minha amiga Emília.
Emília foi uma amiguinha que tive entre 8 e 9 anos de idade.
Emília morava em um casarão da uma daquelas rua da Cidade Velha, em Belém do Pará. Eu também morava na Cidade Velha, em uma casinha na rua Triunvirato. Estudavámos no mesmo "Externato". Em qual deles: Santa Rita? São João ou Sant'Ana? Todos naquela redondeza. Por onde andará Emília? A reconheceria se a encontrasse? Emília nada tinha de uma boneca de pano. Era de carne e osso, órfã de mãe. Tinha os cabelos negros e os olhos arregalados e escuros, puxando por amendoado. Gostaria de reencontrá-la. Da infância vivida a lembrança da pequena amiguinha que gostava de brincar, estudar e costurar.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Simples

Não passo saia justa para solicitar vinhos. Como gosto muito de beber, e bem, um bom e honesto vinho, na dúvida, e diante do sommelier digo: -sugira um bom e honesto vinho que acompanhe o cardápio e mais importante, que ele caiba no meu bolso! Delícias.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

By Ana Carolina

O Avesso dos Ponteiros.
Sempre chega a hora da solidão
Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato
Na pressa a gente não nota que a luta muda de formato
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô
Confundo a vida ser um longa metragem
O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos
E já não vai mais ao cinema
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Penso quando você partiu assim sem olhar para trás
Como um navio que vai ao longe e já nem se lembra do cais
Os carros na minha frente vão indo e eu nunca sei pra onde
Será que é lá que você se esconde
A idade aponta na falha dos cabelos
Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário
As meninas viram a página do diário
O tempo faz tudo valer á pena
E nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início
Deixa de ser início
E vai chegando ao meio
Ai, começo a pensar que nada tem fim...

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Nostalgia

Agenda
O tempo, é de fato "O Grande Escultor".
Ainda mais quando se refere a Alma Humana.
Este é que vai esculpindo o corpo com o seu passar;
Vai moldando os hábitos, genios e modos;
Vai talhando o Ser para o Bem e para o Mal;
Talha-o para melhor ou pior;
A maior ou a menor;
Esculpe sentimentos, desejos, emoções,
E Lembranças.
Define ao longo (do Tempo) Prioridades.
Escreveria duas mil linhas sobre as transformações
Que o Tempo é capaz de desenhar,
E nós de Sentirmos.
Sinto saudades do Tempo em que havia a
Lembrança do envio de uma Agenda autografada.
Como Grande Escultor, o Tempo privilegia o meu Ser
esculpindo-o com sentimentos de
Nostalgia.

sábado, janeiro 17, 2009

By C. Veloso

Força estranha

Eu vi um menino correndo
Eu vi o tempo
Brincando ao redor
Do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada
Que eu nunca passei
Eu vi a mulher preparando
Outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar
Para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada
Que nunca passou
Por isso uma força
Me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto
Não posso parar
Por isso essa voz tamanha
Eu vi muitos cabelos brancos
Na fronte do artista
O tempo não pára
E no entanto
Ele nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo
Do fogo das coisas que são
É o sol, é o tempo, é a estrada
É o pé e é o chão
Eu vi muitos homens brigando
Ouvi seus gritos
Estive no fundo
De cada vontade encoberta
E a coisa mais certa
De todas as coisas
Não vale um caminho sob o sol
E o sol sobre a estrada
É o sol sobre a estrada, é o sol
Por isso a força
Me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto
Não posso parar
Por isso essa voz
Essa voz tamanha
Por isso uma força
Me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto
Não posso parar
Por isso essa voz tamanha

segunda-feira, janeiro 12, 2009

By Drumond de Andrade

Desejo a você...

Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E o carinho meu."